"Foi com grande pesar que recebi a notícia do falecimento do empresário Roger Agnelli, sua mulher, filhos, genro e nora, em acidente aéreo", referiu a nota.
De acordo com o comunicado da Presidente, Roger "Agnelli dedicou sua carreira profissional a grandes empresas brasileiras, sempre comprometido com o desenvolvimento do país".
"Perdemos um brasileiro de extraordinária visão empreendedora. Neste momento, manifestamos nossa solidariedade a seus parentes e amigos", lê-se ainda no comunicado divulgado pela Presidência brasileira.
O acidente provocou a morte do piloto e dos seis passageiros, entre os quais Roger Agnelli, a mulher e os dois filhos do empresário.
A queda ocorreu sobre uma residência na zona norte da cidade de São Paulo, que se incendiou e pessoa que estava na moradia ficou ferida.
A aeronave caiu logo depois de descolar de uma das pistas do Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, e tinha como destino o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
Roger Agnelli, de 56 anos, assumiu a presidência da Vale em 2001, quatro anos depois da privatização, numa altura em que a empresa ainda carregava uma pesada estrutura herdada da época em que era estatal, e deixou-a uma década depois, quando era já uma das mais lucrativas da América Latina.
O empresário, cujo trabalho foi elogiado internacionalmente, deixou o cargo numa altura em que sofria pressões por parte do Executivo brasileiro.
Nos últimos anos à frente da empresa, Roger Agnelli viu a sua relação com o ex-Presidente Lula da Silva piorar por ter despedido 1.300 trabalhadores durante a crise económica mundial, numa altura em que o Governo procurava combater o desemprego.
O empresário também recusou as tentativas de influência na Vale por parte do Governo, que mantém um certo poder de decisão na empresa através de fundos de pensão que controlam boa parte do seu capital.
Agnelli também trabalhou na diretoria do banco Bradesco e vinha atuando na sua própria empresa desde que deixou a Vale.