Numa carta aos ministros dos Negócios Estrangeiros da aliança, o presidente da Coligação Nacional, Anas al-Abdah, exigiu "uma suspensão imediata das operações militares da coligação internacional na Síria para permitir uma investigação completa destes incidentes.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) informou hoje que havia crianças entre os 56 civis mortos em ataques da coligação, enquanto fugiam de Al-Tukhar, na província de Aleppo, perto do reduto do EI em Manbij.
"Acreditamos que tais incidentes indicam uma importante lacuna nas regras operacionais atuais seguidas pela coligação internacional na realização de ataques em áreas povoadas", referiu a carta.
"É essencial que tal investigação não só resulte na revisão de regras de procedimento para as operações futuras, mas também para informar a prestação de contas dos responsáveis por essas graves violações ", acrescentou.
Al-Abdah condenou veementemente o "massacre" e indicou que a coligação internacional é totalmente responsável pelo que chamou de "os crimes que ocorreram em Manbij".
"O povo sírio, como se sabem, foi assassinado, mutilado e torturado por mais de cinco anos nas mãos do regime assassino do [Presidente Bashar] Al-Assad, Rússia, Irão e milícias aliadas, além do EI e outros grupos terroristas", disse ainda.
Al-Abdah advertiu que a matança de sírios agora nas mãos da coligação internacional "só vai empurrá-los ainda mais para uma espiral de desespero e, mais importante, irá revelar-se uma ferramenta de recrutamento para organizações terroristas"