Portugal acionou quarta-feira o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, na sequência dos fogos que assolam o país. Nos últimos dias, o número de incêndios registados ultrapassou sempre as 300 ocorrências.
A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, admitiu hoje que "estava à espera de uma maior solidariedade dos parceiros europeus", sublinhando que Marrocos, apesar de não pertencer à União Europeia, respondeu prontamente ao pedido de auxílio.
"Neste momento, vários Estados-membros estão a enfrentar graves incêndios florestais ou perigo extremos de incêndio florestal. Consequentemente a disponibilidade de aviões é muito limitada", referiu um porta-voz da União Europeia, questionado pela Lusa sobre o número limitado de meios disponibilizados pelos Estados-membros no âmbito daquele mecanismo.
Segundo o porta-voz, devido aos incêndios que existem em vários países da União Europeia, a "disponibilidade de aviões é muito limitada".
"Há um número muito limitado daqueles aviões, altamente especializados, e equipas disponíveis em toda a Europa", salientou o porta-voz da União Europeia.
O porta-voz afirmou que há uma "forte tradição de solidariedade e generosidade entre os Estados-membros" em relação ao combate a incêndios e a disponibilidade de meios, sublinhando que os países não costumam recusar os pedidos de ajuda.
"Os Estados-membros não podem mobilizar mais aviões do que aqueles que realmente têm para si ou para ajudar os seus parceiros europeus", vincou.
A ajudar ao combate aos incêndios em Portugal, estão dois aviões pesados 'Canadair' espanhóis e outros dois marroquinos.
O porta-voz disse que as autoridades europeias estão em contacto com as autoridades portuguesas e que Portugal também está a ser ajudado com imagens de satélite de incêndios na Madeira através do Serviço de Gestão de Emergência Copernicus da União Europeia.