Soares Sambu chamou os representantes da comunidade internacional para informar que a não aprovação do programa do Governo até hoje se deve "única e exclusivamente ao bloqueio" da parte da direção do Parlamento.
Para o chefe da diplomacia guineense o que acontece no Parlamento "é uma interferência política e deturpações ao regimento e a Constituição" do país, na forma como são interpretados pela direção do órgão.
"É uma situação que preocupa sobremaneira o Governo tendo em conta que as aprovações do programa do Governo e do Orçamento Geral do Estado são passos importantes para que o país possa receber apoios da comunidade internacional", observou Soares Sambu.
O chefe da diplomacia guineense informou igualmente que o Governo "herdou uma situação difícil e delicada" ao nível das finanças públicas, pelo que, foi obrigado a tomar medidas corretivas visando a recuperação da credibilidade e confiança dos parceiros internacionais.
Soares Sambu não anunciou as medidas em curso, mas disse que tudo está a ser feito no sentido de retomar os apoios internacionais nomeadamente o programa de assistência com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O representante do secretário-geral das Nações Unidas, em Bissau, Modibo Turé, reafirmou que a comunidade internacional está sempre disponível para ajudar a Guiné-Bissau desde que haja um ambiente político de paz, tranquilidade e um ambiente institucional que permita um trabalho efetivo com o Governo do país.