Kristalina Georgieva demitiu-se, esta sexta-feira, do cargo de vice-presidente da Comissão Europeia.
No entanto, não ficará desempregada, pois foi convidada a integrar os quadros do Banco Mundial.
Assim, a partir de janeiro Kristalina Georgieva será diretora-geral (CEO) do Banco Mundial que é presidido por Jim Yong Kim.
Fontes da Comissão Europeia revelaram ao jornal Politico que a búlgara ficou frustrada com a derrota na corrida a secretário-geral da ONU - que foi ganha por António Guterres -, mas não só.
As mesmas fontes adiantam que Kristalina sentia-se incomodada com a 'venenosa' influência do gabinete de Jean-Claude Juncker.
Um comunicado de Bruxelas revela que no lugar de Kristalina ficará Günther Oettinger, pois o "trabalho da Comissão Europeia tem de continuar".
Sobre a vice-presidente demissionária, o presidente da Comissão Europeia disse que é uma "política experiente" por quem tem um "grande respeito".
"Quero agradecer-lhe pela sua lealdade e pelo seu empenho como vice-presidente da Comissão Europeia", escreveu Jean-Claude Juncker numa nota de imprensa.
Recorde-se que a chegada de Kristalina Georgieva à corrida à liderança da ONU ficou envolta em polémica, pois a Bulgária já tinha a sua candidata escolhida (Irina Bokova). Porém, o país acabou por mudar de ideias e mudou o apoio para Georgieva que contava também com o suporte de Angela Merkel, a chanceler alemã.
No entanto, tal apoio não foi suficiente para derrotar o português António Guterres que assumirá funções em janeiro como secretário-geral da Organização das Nações Unidas.