As pessoas eram as esperadas numa cidade como Nova Iorque - de várias idades e de etnias diversas -, usavam muitos chapéus "Make America Great Again" e havia algumas bandeiras dos Estados Unidos e uma de Israel.
Quando um carro com apoiantes de Trump passava, as pessoas assobiavam, batiam palmas e irrompiam em gritos de "USA! USA" ou "Donald Trump! Donald Trump!"
Por vezes, também gritavam 'Lock her up' ('Prendam-na'), uma frase que se tornou um mantra da campanha de Donald Trump e que pede a prisão de Hillary Clinton.
Um dos apoiantes presentes, Rob Timeo, um afro-americano de 33 anos, disse que decidira apoiar Donald Trump quando recebeu a multa por não ter seguro de saúde no início do ano.
"De repente, fiquei sem dinheiro na conta, por causa desta lei estúpida. Nunca tinha votado, mas decidi na altura que tinha de votar", explicou Timeo à agência Lusa.
O nova-iorquino começou por apoiar Ted Cruz nas primárias Republicanas, mas depois decidiu "que Trump era a melhor hipótese para uma vitória."
Yeol Katz, outro nova-iorquino, disse que decidira o seu voto por questões de segurança.
"Temos de ter mais segurança, mais polícia e menos crime. Temos de acabar com os radicais no nosso país", explicou Katz.
O judeu, residente em Brooklyn, disse que "as pessoas falaram, e falaram contra a corrupção da classe política."
Audrey Snider, de 31 anos, mandava mensagens ao noivo, também apoiante de Trump, que estava no Texas, onde ambos vivem.
"É um dia histórico. Tinha esperança, mas muitas reservas. As pessoas disseram de forma definitiva que querem algo diferente, que estão fartas das coisas como estão, e que o país precisa de um rumo diferente" explicou.
A família de Snyder é republicana, mas a família do noivo é democrata e apoiava Hillary Clinton nesta eleição, o que causou algumas discussões no início da campanha.
"Depois decidimos não falar mais de política, porque as diferenças eram tão grandes", disse a americana. "Não sei quando poderemos tornar a falar. Se calhar vamos ter de esperar algumas semanas. Talvez mais tempo", admitiu.