Circulam nas redes sociais áudios em que um antigo funcionário da companhia Lamia - empresa que transportava o Chapecoense - denuncia que a companhia em causa viajava no limite mínimo de combustível para poupar e, assim, lucrar mais com o negócio. O que, a ser verdade, são graves denúncias de negligência e descuido com questões de segurança inerentes à aviação.
Segundo a imprensa brasileira, nomeadamente o jornal O Tempo, não é conhecido o nome do suposto mecânico, assim como também não se sabe qual a proveniência de tais relatos. No entanto, o seu depoimento é claro: a empresa "viajava com o combustível no limite para fazer mais dinheiro".
O alegado mecânico refere também que há precisamente uma semana chamou um dos seus advogados e mandou uma carta a tentar impedir a operação daquela aeronave, mas o aviso não terá "chegado a tempo", e por isso, "conseguiram permissão para o voo".
De acordo com a mesma publicação, o piloto, quando se aproximava do aeroporto, teria, num primeiro momento, omitido a falta de combustível para evitar pesadas multas à sua empresa pela prática. O suposto mecânico afirma, ainda, que aquela aeronave jamais poderia realizar a viagem contratada pelo Chapecoense.
“O Chapecoense alugou uma aeronave que não tinha autonomia para fazer essa viagem" quer pela distância, quer pelas más condições meteorológicas e vento forte.
Recorde-se que, do acidente da passada terça-feira, morreram 71 pessoas, entre os quais jogadores do Chapecoense, jornalistas e tripulação. Apenas seis passageiros sobreviveram: três jogadores, um jornalista e dois tripulantes.