Jerome Cahuzac, antigo ministro do Orçamento do Executivo francês de Francois Hollande, foi hoje condenado a uma pena de três anos de prisão por alegados crimes de lavagem de dinheiro, fraude e evsasão fiscal, avança o francês Le Figaro.
A decisão do Tribunal Correcional de Paris condenou ainda o ex-governante, de 64 anos, a cinco anos de inelegibilidade para cargos políticos ou públicos. Patricia Menard, a sua ex-esposa, foi também ela condenada a dois anos de prisão efetiva por alegada cooperação nos crimes.
Cahuzac foi considerado culpado de fraude fiscal e branqueamento de capitais por esconder a sua fortuna em paraísos fiscais em todo o mundo. O tribunal disse que o antigo ministro cometeu irregularidades "de extraordinária e rara gravidade".
Cahuzac e a sua ex-mulher reconheceram possuir contas bancárias estrangeiras ilegais por duas décadas. Ambos já pagaram 2,3 milhões de euros em impostos atrasados às autoridades francesas.
O tribunal de Paris também setenciou François Reyl, um banqueiro suíço, a uma pena de prisão suspensa de um ano e multou-o em 375.000 euros por ajudar o casal.
O escândalo alimentou a desconfiança pública em relação aos políticos tradicionais e aumentou as exigências de maior transparência, sendo que as eleições gerais em França decorrem no próximo ano.
[Noticia atualizada às 11h20]