"O Presidente Michel Temer repudia com veemência as falsas acusações do senhor Claudio Melo Filho. As doações feitas pela construtora Odebrecht ao PMDB [Partido do Movimento Democrático Brasileiro] foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE [Tribunal Superior Eleitoral]", segundo uma nota da assessoria da Presidência.
No comunicado, lê-se ainda que "não houve caixa dois [saco azul], nem entrega em dinheiro a pedido do Presidente".
O esclarecimento surgiu horas depois de a revista Veja ter avançado que Claudio Melo Filho contou às autoridades que 10 milhões de reais (2,8 milhões de euros) em espécie foram entregues a pessoas próximas do Presidente.
De acordo com a publicação, a quantia tinha sido pedida por Michel Temer a Marcelo Odebrecht em 2014 e foi entregue a Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil, e ao advogado José Yunes, amigo, assessor especial de Michel Temer e um dos seus conselheiros mais próximos durante a campanha eleitoral de 2014.
A revista avançou ainda que, em 82 páginas, Claudio Melo Filho, que procura colaborar com a justiça prestando informações em troca de eventual redução de pena, contou como a empreiteira comprou, com subornos bilionários, integrantes dos poderes executivo e legislativo.