John Ingram, de 53 anos, foi submetido a duas operações ao peito após ter ficado em pânico com o diagnóstico que lhe tinha sido apresentado pelo médico: cancro.
Agora, diz estar “em agonia” mas não só pela operação – dada a sua fobia por cirurgias – mas por aquilo que se veio a descobrir, isto é, que tanto uma como a outra mastectomias eram desnecessárias.
Segundo o Daily Express, o ‘especialista’ em causa e responsável por este episódio é Ian Paterson, um médico que, ao que ao que foi apurado, já mentiu várias vezes no diagnóstico que apresenta aos seus doentes. Tudo por querer submetê-los a intervenções médicas desnecessárias para colmatar problemas de saúde comuns e, dessa forma, recolher os louros das suas escolhas e ganhar assim reconhecimento e distinção na área em que trabalha.
No caso de Ingram, este tinha dois "altos" no peito que, de acordo com o médico, eram sinais malignos de um cancro e que o melhor era "retirar tudo". Como muitos outros, Ingram sofria apenas de “um problema comum” e Ian “mentiu” para justificar a dupla operação.
A mesma investigação afirma até que esta prática do médico, oriundo de Altrincham, em Manchester, prolongou-se durante os últimos 14 anos, alguns deles enquanto trabalhava inclusivamente para hospitais públicos (pertencentes ao Serviço Nacional de Saúde britânico).
Dada a denúncia de Ingram, a sua única ‘vítima’ do sexo masculino, já outros pacientes – do sexo feminino – se juntaram à causa para levar Paterson a tribunal, estando ele agora acusado de cerca de 20 casos semelhantes aos aqui reportados.