Foi submetido a duas mastectomias por engano (propositado) no diagnóstico

Mais grave do que o estado em que o paciente ficou após as operações, dada a sua fobia por cirurgias, são as acusações de que o médico é alvo: submeter os seus pacientes a intervenções médicas desnecessárias para ganhar reputação no setor.

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João Oliveira
17/03/2017 08:30 ‧ 17/03/2017 por João Oliveira

Mundo

Reino Unido

John Ingram, de 53 anos, foi submetido a duas operações ao peito após ter ficado em pânico com o diagnóstico que lhe tinha sido apresentado pelo médico: cancro.

Agora, diz estar “em agonia” mas não só pela operação – dada a sua fobia por cirurgias – mas por aquilo que se veio a descobrir, isto é, que tanto uma como a outra mastectomias eram desnecessárias.

Segundo o Daily Express, o ‘especialista’ em causa e responsável por este episódio é Ian Paterson, um médico que, ao que ao que foi apurado, já mentiu várias vezes no diagnóstico que apresenta aos seus doentes. Tudo por querer submetê-los a intervenções médicas desnecessárias para colmatar problemas de saúde comuns e, dessa forma, recolher os louros das suas escolhas e ganhar assim reconhecimento e distinção na área em que trabalha.

No caso de Ingram, este tinha dois "altos" no peito que, de acordo com o médico, eram sinais malignos de um cancro e que o melhor era "retirar tudo". Como muitos outros, Ingram sofria apenas de “um problema comum” e Ian “mentiu” para justificar a dupla operação.

A mesma investigação afirma até que esta prática do médico, oriundo de Altrincham, em Manchester, prolongou-se durante os últimos 14 anos, alguns deles enquanto trabalhava inclusivamente para hospitais públicos (pertencentes ao Serviço Nacional de Saúde britânico). 

Dada a denúncia de Ingram, a sua única ‘vítima’ do sexo masculino, já outros pacientes – do sexo feminino – se juntaram à causa para levar Paterson a tribunal, estando ele agora acusado de cerca de 20 casos semelhantes aos aqui reportados.

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