Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, afirmou numa entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, segundo cita o El País, que os países do Sul da Europa andaram a gastar o dinheiro em “mulheres e álcool”, declarações que causaram alvoroço.
“O pacto dentro da zona euro baseia-se na confiança. Durante a crise do euro, os países do Norte da Europa mostraram a sua solidariedade com os países em crise. Como social-democrata considero a solidariedade extremamente importante. Mas quem a exige também tem obrigações. Não posso gastar todo o dinheiro que tenho em álcool e mulheres e depois pedir ajuda. Este princípio aplica-se a nível pessoal, local, nacional e inclusive a nível europeu”, disse o atual chefe do Eurogrupo.
As declarações também não caíram bem no seio do Parlamento Europeu, tendo um deputado pedido, inclusive, a demissão do responsável. Outros exigiram que pedisse desculpa.
Dijsselbloem explicou que as suas declarações foram no sentido de explicar a sua posição sobre solidariedade mas que não se referia a nenhum país em particular.
Sem se desculpar, o Dijsselbloem reiterou, no Parlamento Europeu, que é “um social-democrata” e que valoriza muito “o princípio de solidariedade numa sociedade” mas que esta “deve vir acompanhada de compromissos e esforço”.