A intenção foi divulgada pela chefe de redação aqueles títulos Margarita Simonyan.
"Não suportamos mais as suas mentiras. Vamos processá-lo", afirmou, na sua conta na rede social Twitter, sem especificar como tencionava concretizar a intenção.
Em fevereiro, Macron denunciou "ataques repetidos" ao seu sítio na internet de campanha eleitoral, provenientes designadamente da Ucrânia, bem como a divulgação de rumores e "afirmações infamantes" dirigidas contra si, pelos sítios da Sputnik e RT na internet, em Francês.
O porta-voz de Macron, Benjamin Griveaux, tinha posto diretamente em causa o Kremlin, acusando os seus dirigentes de terem "escolhido os seus candidatos", designadamente a chefe do partido de extrema-direita Frente Nacional, Marine Le Pen, que vai disputar com Macron a segunda volta das eleições presidenciais.
O Kremlin desmentiu estas acusações, garantindo que "nunca teve a intenção de perturbar os assuntos internos de qualquer país".
Macron apresentou queixa, na quinta-feira, depois de a sua rival Le Pen ter afirmado durante um debate televisivo, na quarta-feira à noite, que ele tinha uma conta 'offshore' nas Bahamas.
O círculo próximo de Macron assegurou que a informação tinha sido divulgada massivamente por sítios próximos da Sputnik e Russia Today, bem como por outros sítios favoráveis a Putin. A justiça francesa abriu hoje uma investigação para apurar a origem do rumor.
A Sputnik News desmentiu hoje à noite estas acusações, sublinhando, em comunicado, que nunca publicou nada sobre este rumor durante o debate e que apenas publicou no dia seguinte um artigo sobre a queixa de Emmanuel Macron.
"A menção à Sputnik e RT pelo quartel-general Macron no contexto do inquérito não é justificada, de todo. É um exemplo de nascimento de uma mentira que tem por objetivo enganar a confiança dos eleitores", escreveu-se no comunicado da Sputnik.
"A Sputnik tem a intenção de consultar os seus advogados a propósito das acusações mentirosas permanentes do quartel-general de 'En Marche!'" (Em Marcha!), designação da campanha de Macron, ainda segundo este sítio russo.