Três homens, a bordo de uma carrinha, atropelaram, na noite do último sábado, dezenas de pessoas na London Bridge, em pleno coração da capital do Reino Unido.
Depois, seguiram a pé munidos de facas e apunhalaram várias outras pessoas pelo caminho até à zona de Borough Market.
O último balanço das autoridades dá conta de sete vítimas mortais e 48 feridos, 21 dos quais em estado grave.
E estes números só não são maiores porque houve quem vestisse a capa de super-herói e arriscasse a vida para salvar desconhecidos.
Padeiro ataca terroristas com dois cestos
Florin Morariu trabalha numa padaria na zona de Borough Market e quando se apercebeu do que estava a acontecer no exterior do estabelecimento decidiu intervir. Assim, pegou em dois cestos e dirigiu-se a um dos terroristas, atirando-lhe de imediato com um e agredindo-o de seguida com o outro.
Espanhol tenta parar terrorista com o seu skate
Ignacio Echeverría, de 39 anos e natural de Espanha, está desaparecido desde sábado à noite. A última vez que foi visto estava na London Bridge a atacar um terrorista com o seu skate para evitar que uma mulher fosse esfaqueada. A família não voltou a ter notícias suas e procura desesperadamente por informações.
Polícia de folga ataca terrorista e é ferido com gravidade
O primeiro elemento policial presente na London Bridge, após o atropelamento de dezenas de pessoas, está internado num hospital da cidade em estado considerado crítico.
O homem, cuja identidade ainda não foi revelada, estava de folga e passava no local no momento do ataque.
Quando se apercebeu de que o atropelamento não era um acidente, mas sim um ato propositado, o agente da Brigada de Trânsito tentou parar um dos terroristas, mas, como estava desarmado, acabou por ser esfaqueado.
A comissária da Metropolitan Police já veio elogiar, publicamente, as “extraordinárias ações dos polícias” que acorreram ao local.
Português salva mulher que perdeu meio litro de sangue
Carlos Pinto (à esquerda), de 33 anos, e Giovanni Sagristani, de 38, jantavam com amigos no restaurante El Pastor, no mercado de Borough, quando um dos terroristas entrou no estabelecimento e, sem que nada o fizesse prever, esfaqueou uma mulher.
Giovanni disse à BBC que o jihadista gritou que fazia aquilo por Alá e que todos no restaurante se uniram para expulsar o terrorista do local, atirando-lhe com mesas e cadeiras. Assim que o atacante saiu do restaurante, os empregados trancaram o estabelecimento, protegendo todos os que estavam no seu interior.
A mulher esfaqueada, conta Giovanni, esvaía-se em sangue. Então, Carlos, um enfermeiro português a viver em Londres, e outro colega enfermeiro pediram gelo e toalhas para tentarem parar a hemorragia.
“Depois daquele momento inicial de pânico, todos no restaurante tentaram ajudar aquela mulher e, para isso, mantiveram-se calmos. Lá foram ouvíamos disparos. Estávamos assustados, pois não sabíamos o que ia acontecer”, contou.
Passaram-se mais de duas horas até que os paramédicos puderam chegar ao restaurante. Graças à ação de Carlos e do seu amigo, a mulher manteve-se consciente, tendo sido levada para o hospital com vida.
Taxista salva a vida de quem caminhava na London Bridge
Um taxista que passava na London Bridge viu o momento em que uma jovem foi esfaqueada por um dos terroristas e começou a gritar para alertar os outros transeuntes, como foi o caso de Rhiannon Owen.
“Eu vi a faca e comecei a correr o mais depressa que pude”, contou a jovem estudante de enfermagem, que aproveitou para enviar uma mensagem ao taxista: “Salvou a minha vida e a de outras pessoas”.