O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou na 72.ª Assembleia Geral da ONU, que decorre em Nova Iorque, e a Coreia do Norte, o Irão e o terrorismo jihadista foram os principais alvos.
Trump afirma que “o mundo inteiro” está em perigo perante a ameaça nuclear da Coreia do Norte. Por isso, diz, “não teremos outra escolha que não destruir totalmente a Coreia do Norte”.
No entanto, pouco depois, o presidente norte-americano realçou que espera que não seja necessário chegar a tal ponto, sublinhando que a “desnuclearização é o único caminho aceitável”.
Agradecendo à China e à Rússia por terem alinhado ao lado de Washington nas sanções ao regime norte-coreano, Trump considera que Kim Jong-un está “numa missão suicida”, e apelou à união para isolar o regime norte-coreano.
Mas as ameaças não se ficaram pela Coreia do Norte. Como já era expectável, o Irão, que, segundo Trump, deseja a “destruição dos Estados Unidos de Israel”, foi o alvo seguinte.
“O governo iraniano mascara uma ditadura corrupta, mascarada de democracia. Transformou um país rico culturalmente num estado pária, que exporta violência, o derramamento de sangue e o caos”, precisou o presidente norte-americano, que acusou o regime dos Ayatollahs de financiar grupos terroristas, como o Hezbollah, bem como o regime sírio de Bashar al-Assad.
Não foi, portanto, de estranhar que no discurso de Trump se seguisse o acordo nuclear estabelecido com Teerão, em 2015, uma conquista do mandato de Barack Obama. Para o atual presidente norte-americano, o acordo nuclear com o Irão foi “uma vergonha para os Estados Unidos”.
Voltando a apelar à unidade para isolar regimes hostis aos interesses norte-americanos, Trump foi perentório na exigência a Teerão para que pare de financiar grupos terroristas.
Nesse sentido, o exemplo dado por Donald Trump de países na região que têm combatido o terrorismo jihadista foi... a Arábia Saudita, país que Trump visitou em maio deste ano. No entanto, é importante realçar que Riade é acusada de financiar vários grupos terroristas na região, entre eles o autodesignado Estado Islâmico, também conhecido pela abreviatura ISIS.
Não obstante, Trump garante que os Estados Unidos e os seus aliados na região estão a combater os “refúgios terroristas”, e realçou os ganhos da coligação internacional na Síria e no Iraque, que têm levado a derrotas significativas do Daesh nestes países, onde o grupo terrorista chegou a controlar um território superior ao do Reino Unido. “Conseguimos mais contra o ISIS nos últimos oito meses do que em muitos anos juntos”, sublinhou.
[Atualizado às 16h07]