"Não declarámos guerra à Coreia do norte, e francamente sugerir isso é absurdo", disse a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, numa conferência de imprensa.
"Nunca é apropriado que um país dispare contra as aeronaves de outro país quando estas se encontram sobre águas internacionais", acrescentou.
Uma porta-voz do departamento de Estado, Katina Adams, reforçou, em declarações à agência espanhola Efe, que "nenhum país tem o direito de disparar sobre aeronaves ou barcos de outro país em espaço aéreo internacional ou águas internacionais".
As porta-vozes reagiam às declarações do chefe da diplomacia norte-coreana, Ri Yong-ho, que hoje disse em Nova Iorque que o seu Governo se reserva "o direito de derrubar bombardeiros estratégicos norte-americanos, mesmo que não estejam dentro do espaço aéreo" da Coreia do Norte.
O ministro acusou também o Presidente norte-americano, Donald Trump, de ter "declarado guerra" ao seu país no discurso que proferiu na semana passada na Assembleia-Geral da ONU, em que ameaçou "destruir totalmente" o país asiático.
A porta-voz de Trump insistiu em que o objetivo da Casa Branca continua a ser "a desnuclearização da Coreia do Norte", e não uma guerra com o regime de Kim Jong-Un.
Apesar disso, o Pentágono assegurou hoje que está preparado para oferecer "opções militares" a Trump se a Coreia do Norte continuar com as suas "ações provocatórias".
A Coreia do Norte tem sido alvo de sanções tanto dos Estados Unidos como da ONU por persistir no programa balístico e nuclear que vem desenvolvendo há mais de dez anos, em violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
No domingo, a Casa Branca anunciou novo pacote de sanções, incluindo a Coreia do Norte num grupo de oito países cujos nacionais estão sujeitos a restrições de entrada nos Estados Unidos.