"A partir de hoje, qualquer cidadão que insultar o chefe de Estado será preso. Em que parte do mundo o Presidente é insultado?", questionou Sissoco Embaló, que falava numa cerimónia de graduação de agentes da polícia, em Bissau.
Para o primeiro-ministro guineense, de uns tempos a esta parte, tornou-se moda insultar a figura do chefe do Estado guineense, quando nos outros países a prática dá direito à prisão.
"Nos Estados Unidos de América, quem insultar o Presidente Trump é detido, em França, idem aspas, no Senegal há pessoas que ficaram um ano na prisão, por ordens do Presidente Macky Sall, que haviam insultado", afirmou Umaro Sissoco Embaló.
"Nós aqui pensamos que insultar o chefe do Estado dá fama", observou Embaló, dando ordens diretas aos ministros do Interior, Botche Candé, e da Defesa, Eduardo Sanhá, para que prendam os que insultarem José Mário Vaz.
A medida também abrange quem insultar o presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, e o primeiro-ministro, precisou Sissoco Embaló, que prometeu mandar prender o ministro do Interior se este não detiver quem ousar insultar uma daquelas três figuras do Estado guineense.
"Tenho poderes para tal", enfatizou o chefe do executivo guineense, que quer "dignificar os valores da República" com a medida para "acabar com a balburdia" na Guiné-Bissau, onde, disse, no passado, não existiam insultos às figuras do Estado.