Alemanha diz que "há margem de manobra" para estabilizar Catalunha

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Sigmar Gabriel, afirmou hoje que há "margem de manobra" para estabilizar a situação na Catalunha dentro do quadro da Constituição espanhola.

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Lusa
16/10/2017 13:35 ‧ 16/10/2017 por Lusa

Mundo

Sigmar Gabriel

"Estamos muito contentes que agora haja margem de manobra, porque toda a gente é capaz e espero que tenha vontade de negociar, reduzir a tensão [...] na Catalunha e em Espanha", indicou Sigmar Gabriel ao ser questionado sobre a crise catalã ao chegar ao Conselho de Ministros de Exteriores da União Europeia.

Fontes diplomáticos alemãs especificaram à agência EFE que a Alemanha continua a apoiar uma "no quadro da Constituição espanhola", ou seja nos termos do governo em Madrid. O governo regional da Catalunha realizou um referendo pró-independência na região violando a Constituição espanhola e uma decisão da justiça espanhola e pretende declarar independência também à margem da lei fundamental de Espanha.

O Governo em Madrid, liderado por Mariano Rajoy (PP, direita conservadora), apenas admite negociar se o presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, renunciar a uma eventual declaração de independência. No entanto, Puigdemont pretende negociar já a contar com o referendo catalão ilegal que resultou na vitória do "sim" à independência.

O chefe da diplomacia alemã acrescentou que a Alemanha "apoia todos os que queiram sentar-se à mesa de negociações para resolver estes assuntos e chegar a uma situação estável na Catalunha, assim como em Espanha".

A vice-presidente do Governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, lamentou hoje que Carles Puigdemont não tenha clarificado se proclamou ou não a independência da Catalunha na terça-feira da semana passada - tal como tinha sido instado pelo governo central - e afirmou que tem até quinta-feira para renunciar a esse objetivo e cessar todas as ações que visam a independência.

Caso contrário, Madrid aplicará o artigo 155 da Constituição, que lhe dá poderes especiais e permite a adoção das medidas necessárias para repor a legalidade. Entre estas medidas contam-se, por exemplo, a suspensão da autonomia na Catalunha ou a inabilitação de membros do governo regional.

Numa carta enviada hoje ao Governo, Puigdemont evitou clarificar se declarou ou não a independência da Catalunha e pediu "dois meses" para dialogar e negociar uma saída política para o conflito.

 

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