Abby e Erin Delaney nasceram unidas por uma das zonas mais sensíveis do corpo. Os seus cérebros uniram-se na 11.ª semana de gestação e a separação das gémeas siamesas implicou uma das cirurgias mais raras do mundo.
Uma equipa composta por cerca de 30 profissionais demorou 11 horas a separar as bebés, quando estas tinham já perto de um ano de vida. “Esta é uma das primeiras separações de gémeos craniopagus já registadas”, afirmou em comunicado Jesse Taylor, cirurgião plástico e reconstrutivo do Children's Hospital of Philadelphia.
O procedimento implicou desenrolar vasos sanguíneos, separar a membrana externa do cérebro e o seio sagital, que drena o sangue para o coração. A operação decorreu há quatro meses, mas Abby e Erin Delaney permanecem internadas desde então.
No blog criado para contar ao mundo a história das filhas, Elaney encarregou-se da dar as boas notícias. As meninas encontram-se em recuperação e esperam já pelo dia em que regressarão a casa.
Os progressos têm sido muitos, como explica o The Washington Post, mas os tratamentos ainda não cessaram. As pequenas Abby e Erin têm algumas fragilidades no que toca à saúde e terão de ser submetidas a cirurgias adicionais nos próximos anos para substituir os ossos que faltam nas suas cabeças e ajudar a consertar os contornos do couro cabeludo.