"A seca severa que nos últimos anos afetou a região da SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, sigla em inglês] resultou num armazenamento baixo histórico, com cerca de oito metros abaixo do nível desejado para a operação normal da central", referiu Filipe Nyusi.
O chefe de Estado falava em Tete durante as celebrações do 10.º aniversário da reversão da Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB) de Portugal para Moçambique, que hoje se assinala.
A HCB produziu 15 mil gigawatts de energia, contra 17 mil gigawatts em 2015, segundo dados divulgados durante o evento.
O quadro hidrológico, segundo Nyusi, gerou restrições de energia e obrigou a empresa a optar por uma "gestão cuidadosa".
"Não obstante estas contrariedades, Cahora Bassa manteve o seu investimento na sua cadeia de produção, o que permitiu ter capacidade de arrecadação de receitas para efetuar com regularidade a canalização de dividendos e obrigações fiscais para o Estado", observou.
A empresa prevê que o ano de 2017 termine com uma produção superior a 14 mil gigawatts.
A HCB é detida a 85% pelo Estado moçambicano, depois do acordo de reversão assinado com Portugal, que na altura controlava a barragem.
Situada no rio Zambeze, na província de Tete, centro de Moçambique, a barragem é a maior da África Austral, com construção iniciada em 1969 e operação a partir de 1977.
Além de abastecer o mercado de Moçambique, a HCB fornece energia elétrica a vários países da região.