Hoffman, que foi embaixador dos Estados Unidos em Portugal entre 2005 e 2007, anunciou a sua posição numa mensagem de correio eletrónico enviada a dirigentes republicanos como Jeb Bush ou o governador da Florida, Rick Scott, noticiou o jornal na edição de sábado.
Na mensagem, Hoffman afirma que não financiará a campanha de Rick Scott, que prepara uma candidatura ao Senado este ano, ou a qualquer outro republicano da Florida, se não apoiarem nova legislação para restringir a posse por civis de armas de tipo militar.
"Não passo nem mais um cheque a menos que todos apoiem a proibição de armas de assalto. Já chega!", escreveu.
Empresário do ramo imobiliário, Hoffman angariou milhões de dólares para candidatos e causas do Partido Republicano ao longo dos anos, tendo nomeadamente chefiado a campanha de angariação de fundos na Florida para a candidatura presidencial de George W. Bush, em 2000, e para as campanhas de Jeb Bush para governador daquele estado e para a presidência.
Crítico do atual Presidente dos Estados unidos, Donald Trump, Hoffman tem contudo continuado a financiar outros republicanos.
Na mensagem, o empresário faz referência a massacres ocorridos na Florida para afirmar que a repetição deste tipo de incidentes por todo o país é inevitável se não houver uma intervenção oficial.
"De Orlando a Las Vegas, e agora Parkland, vemos que é claro que há outros, por todo o país, que sonham cometer um massacre", escreveu, citado pelo jornal.
Orlando foi palco em 2016 de um tiroteio numa discoteca que fez 49 mortos. Em 2017, em Las Vegas, um homem disparou repetidamente contra uma multidão que assistia a um concerto de música 'country', matando 58 pessoas, e, na semana passada, um jovem atirador matou 17 pessoas numa escola de Parkland.
Alfred Hoffman afirmou ainda que vai tentar convencer outros doadores republicanos a recusarem donativos até que haja alguma ação para controlar o acesso a armas de fogo.
"Vou contactar cada um dos doadores que conheço no Partido Republicano e tentar que se juntem a esta causa. Temos mesmo de começar um movimento", escreveu.