Rússia proíbe venda de laticínios do maior fabricante do mundo

As autoridades russas anunciaram hoje ter proibido a venda de laticínios do maior fabricante do mundo, a Fonterra, depois do gigante agro-aliemntar ter admitido a existência de uma bactéria tóxica em alguns lotes.

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Lusa
05/08/2013 10:16 ‧ 05/08/2013 por Lusa

Mundo

Bactéria

A associação russa de proteção do consumidor Rospotrebnadzor anunciou em comunicado a "retirada de venda dos produtos lácteos potencialmente contaminados da empresa Fonterra e a suspensão da sua importação no território da Federação da Rússia".

A associação apelou aos consumidores para que "evitem consumir" os laticínios do grupo agro-alimentar neo-zelandês e anunciou que vai adotar medidas de controlo.

O gigante agroalimentar revelou no sábado que um produto de soro de leite usado para o fabrico de leite de bebé e bebidas desportivas tinha sido contaminado com uma bactéria que pode causar botulismo - forma de intoxicação alimentar rara mas potencialmente fatal -, o que gerou reações imediatas da China, um dos maiores mercados de importação dos produtos lácteos da Nova Zelândia.

A Fonterra pediu hoje desculpa às pessoas afetadas, pela voz do seu presidente, que negou qualquer tentativa de dissimulação do caso.

"Apresentamos as nossas mais profundas desculpas às pessoas que foram afetadas", afirmou Theo Spierings, numa conferência de imprensa em Pequim.

Segundo Theo Spierings, a Fonterra informou os seus clientes e as autoridades no prazo de 24 horas após a confirmação do problema de contaminação.

Os produtos em que foram encontrados vestígios da bactéria foram exportados para a Austrália, China, Malásia, Arábia Saudita, Tailândia e Vietname. De acordo com a agência chinesa Xinhua, a Fonterra está a pedir a devolução de 1.000 toneladas dos seus produtos.

O grupo Fonterra é o maior exportador mundial de produtos lácteos.

Este é o segundo caso de contaminação alimentar da Fonterra este ano, depois de, em janeiro, terem sido encontrados em alguns dos seus produtos resíduos de dicianodiamida (DCD), uma substância química utilizada nas pastagens com o objetivo de reduzir os gases de efeito estufa.

A Fonterra já foi um dos acionistas da marca chinesa Sanlu, que esteve no centro do escândalo do leite em pó contaminado com melamina, o qual resultou na morte de pelo menos seis bebés e afetou mais de 300 mil.

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