Ivanka disse que se tratou de uma "primeira visita fantástica" à Coreia do Sul e agradeceu o "simpático acolhimento" do país asiático, numas breves declarações à imprensa antes de regressar a Washington, no aeroporto internacional de Incheon, na capital, Seul.
A filha mais velha e assessora do Presidente dos EUA, Donald Trump, não respondeu, quando questionada sobre a aparente vontade de diálogo expressa pela delegação norte-coreana este fim-de-semana.
A viagem de Ivanka Trump à Coreia do Sul tinha gerado expectativas de um possível encontro com a representação norte-coreana que também se deslocou a este país para o encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno, liderada pelo general Kim Yong-chol.
Este domingo, o general norte-coreano disse ao Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, que Pyongyang tem "vontade de dialogar com os Estados Unidos", indicou, em comunicado, a casa presidencial de Seul.
Durante o encontro, Moon insistiu na necessidade de diálogo entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, que servirá também para melhorar as relações entre Pyongyang e Seul.
No entanto, Washington confirmou ao final da noite de domingo que Ivanka não manteve "qualquer interação com a delegação norte-coreana".
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, assegurou também num comunicado que a administração norte-americana espera que a oferta de diálogo que a Coreia do Norte mostrou signifique "os primeiros passos na direção da desnuclearização" da península da Coreia.
Seul acredita que o "descongelamento olímpico" entre as duas Coreias, que tecnicamente continuam em guerra, pode servir para que a Coreia do Norte e os Estados Unidos da América retomem o diálogo, após um 2017 marcado por repetidos testes de armamento norte-coreano e ameaças de ambas as partes.
Também este domingo, a Coreia do Norte classificou as mais recentes sanções unilaterais dos Estados Unidos como um "ato de guerra".
Na passada sexta-feira, Trump anunciou novas medidas para isolar a Coreia do Norte, definindo-as como "as mais pesadas sanções já impostas contra um país".
Em causa estão limites a 27 empresas marítimas registadas ou sediadas em países que mantêm relações com a Coreia do Norte.
"Consideramos qualquer tipo de restrição contra nós como um ato de guerra", disse o ministro das Relações Externas da Coreia do Norte, Ri Yong Ho.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros prometeu ainda "subjugar" os Estados Unidos, caso sejam alvo de "provocações".