Os comprimidos fazem parte de um novo plano de segurança nuclear do Governo da Bélgica, que já as distribuiu entre as pessoas que vivem num raio de 20 quilómetros em torno das duas centrais nucleares ativas do país.
De acordo com as novas disposições, todos os habitantes num raio de 100 quilómetros das duas centrais receberão comprimidos, tal como os belgas que vivem na fronteira nas zonas em torno das centrais de Borselle, na Holanda, e de Chooz, em França.
Os comprimidos de iodo saturam a tiroide deste elemento químico, impedindo-a de absorver o iodo radioativo libertado em caso de acidente nuclear.
As centrais nucleares belgas têm estado debaixo de atenção por causa de problemas de segurança em Tihange, no leste do país, que esteve fechada durante 21 meses.
A Bélgica prevê abandonar a produção de energia em centrais nucleares em 2025, mas alguns partidos, organizações do patronato e académicos têm questionado esta intenção, apontando o custo e impacto sobre o cumprimento dos objetivos climáticos.