Londres deve "tirar coisas a limpo" sobre ex-agente duplo

O Presidente russo, Vladimir Putin, aconselhou hoje Londres a "tirar as coisas a limpo" sobre o envenenamento de um ex-agente duplo russo em Inglaterra, antes de qualquer conversa sobre esse assunto com Moscovo.

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© Reuters

Lusa
12/03/2018 16:36 ‧ 12/03/2018 por Lusa

Mundo

Putin

Inquirido pela televisão pública britânica BBC sobre uma eventual responsabilidade da Rússia no envenenamento de Serguei Skripal, Putin respondeu, citado pelas agências de notícias russas: "Tirem as coisas a limpo do vosso lado e depois falaremos convosco".

A primeira-ministra britânica, Theresa May, emitirá hoje declarações pelas 16:30 TMG (e de Lisboa) e poderá nomear um responsável e anunciar medidas de retaliação, avançou a imprensa britânica.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, dissera hoje, em resposta a uma pergunta sobre as acusações na imprensa sobre um eventual envolvimento de Moscovo, "não ter ouvido declarações de responsáveis políticos britânicos segundo as quais a Rússia está envolvida".

"O referido cidadão russo tinha trabalhado para um dos serviços secretos britânicos, o incidente ocorreu em território britânico e não é, de forma alguma, problema da Rússia e menos ainda dos seus dirigentes", acrescentou, em conferência de imprensa.

Em Londres, a embaixada russa acusou hoje o Governo britânico de estar a jogar "um jogo muito perigoso" com a sua forma de conduzir a investigação sobre o envenenamento do ex-agente duplo russo.

"A atual política seguida pelo Governo britânico em relação à Rússia constitui um jogo muito perigoso com a opinião pública britânica", declarou o porta-voz da embaixada em comunicado.

Essa postura "orienta a investigação para uma pista política inútil e comporta o risco de graves consequências a longo prazo para as nossas relações" bilaterais, acrescentou.

Serguei Skripal, de 66 anos, e a sua filha Iulia, de 33 anos, foram encontrados inconscientes a 04 de março em Salisbury, no sul de Inglaterra, onde o ex-espião reside.

Condenado em 2006 por ter fornecido informações ao Reino Unido, este antigo coronel do GRU (Serviços de Informações Militares russos) foi trocado em 2010, juntamente com três outros agentes duplos, por espiões russos detidos nos Estados Unidos.

O ex-espião e a filha foram envenenados com uma substância química que atua sobre o sistema nervoso central e pode provocar a morte.

 

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