"Esperava-se que a noite [de segunda-feira] fosse uma oportunidade para reduzir as frentes mais preocupantes e mais ativas, mas, na verdade, o fogo está a ganhar uma proporção enorme com o vento", disse o autarca cerca da 01:30, após um 'briefing' no posto de comando que reuniu as várias autoridades presentes no terreno.
Rui André manifestou-se preocupado com as chamas na Fóia, onde na terça-feira à tarde algumas pessoas tiveram de ser retiradas das suas casas, "por precaução", sendo esta uma zona de "difícil combate" onde os bombeiros sentem "dificuldades", aliadas à impossibilidade de "posicionar máquinas de rasto".
"Nas Caldas [de Monchique] ainda há alguns pontos quentes que resultam de reacendimentos e há uma frente muito difícil no concelho de Silves que está a dar muitas preocupações", acrescentou.
Questionado sobre o número de pessoas retiradas das suas casas no concelho desde o início do incêndio, na sexta-feira, Rui André apontou 224, encaminhadas para sete locais de acolhimento.
Sobre feridos registados nas últimas horas, o autarca revelou a existência apenas de algumas "situações de cansaço e fadiga" e nada mais.
De acordo com a página na internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil, consultada pela Lusa cerca das 02:20, o fogo está a ser combatido por 1.237 operacionais, apoiados por 372 viaturas e um meio aéreo (avião de reconhecimento, avaliação e coordenação).
O incêndio rural que lavra desde sexta-feira em Monchique afeta também os concelhos de Silves e Portimão, igualmente no distrito de Faro, tendo destruído casas e muitas viaturas.
Há 29 feridos ligeiros e um ferido grave, com prognóstico favorável.
Segundo o Sistema de Emergência da União Europeia, arderam já 17 mil hectares.