Os rastreios ao cancro da mama, realizados pela Liga Portuguesa contra o Cancro de Norte a Sul do País, à excepção do Algarve, têm revelado que o Alentejo é a região em que se encontram mais casos diagnosticados.
De acordo com o representante da Liga, Vitor Rodrigues, a dificuldade de acesso aos exames pode ser uma das explicações. “Tem uma taxa de detecção superior ao que se esperava e penso que se deve à falta de acesso à mamografia. O exame não é feito e o rastreio, antigo e bem organizado, acaba por encontrar mais casos de cancro", explicou ao Expresso.
Em termos globais, é diagnosticada a lesão a seis em cada mil mulheres que fazem o rastreio pela primeira vez.
Desde que o rastreio começou a correr o País, 3% a 5% das mulheres rastreadas por ano entre os 45 e os 69 anos são encaminhadas para uma consulta de aferição. Destas, é diagnosticado cancro a apenas 5%, à semelhança do que acontece no resto da Europa.