O Ministério Público (MP) pede prisão preventiva para todos os arguidos do caso do roubo das armas de Tancos, avança a SIC Notícias. Decisão do juiz deverá ser conhecida ainda esta sexta-feira, depois de os arguidos terem sido ouvidos até às 3 horas desta madrugada.
João Magalhães, um dos advogados de defesa, havia dito, à saída do tribunal, prever que o MP viesse a pedir medidas "que não sejam apenas e só o termo de identidade e residência [TIR], ou outras do género".
"Parece-me que a posição do MP [Ministério Público] é uma posição extremamente dura face àqueles arguidos, mas também acho que o MP, enquanto instituição hierárquica, mas independente, deveria refletir sobre o facto que o exército é [uma] estrutura hierárquica, mas não é independente", disse à Lusa.
A Operação Húbris investiga o aparecimento na Chamusca em outubro de 2017 de material furtado em Tancos e, segundo o Ministério Público, em causa estão "factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas".
O furto de material militar dos paióis de Tancos - instalação entretanto desativada - foi revelado no final de junho de 2017. Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.