"A recorrência de ataques terroristas na Somália requer, da parte da comunidade internacional, esforços redobrados no sentido de apoiar a reconstrução do Estado naquele país. Portugal reitera o seu empenho, designadamente no quadro da União Europeia, no combate ao terrorismo na Somália", refere comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
A nota do MNE, que manifesta "total solidariedade para com as autoridades e o povo somali", expressa o repúdio do Governo português e "condena o bárbaro ataque terrorista ocorrido em Mogadíscio, na passada sexta-feira, que provocou, até à data, mais de cinquenta vítimas mortais".
Depois de três explosões em frente ao hotel em Mogadíscio, capital da Somália, um quarto veículo foi detonado, atingindo os serviços de socorro que auxiliavam as vítimas.
As bombas rebentaram parte de uma parede do hotel Sahafi, localizado na periferia do departamento de investigação criminal da Polícia da Somália, segundo o capitão Mohamed Hussei.
Os danos das explosões, nomeadamente a do rebentamento de um carro-bomba junto de um miniautocarro, estão a dificultar a identificação de algumas das vítimas.
As forças somalis abateram quatro atiradores que se preparavam para invadir o hotel através de um buraco provocado pela explosão, acrescentou Hussei, citado pela Associated Press.
"A rua estava repleta de gente e carros, os corpos estavam por todo o lado", disse Hussein Nur, funcionário de uma loja, que sofreu ferimentos numa mão devido aos estilhaços, e que acrescentou que "os tiros mataram várias pessoas, também".
O grupo extremista rebelde somali Al-Shebab reivindicou o ataque, de acordo com a estação de rádio do grupo, a Adalus.
Entre os mortos está o gerente do hotel Sahafi, encarregue do estabelecimento desde a morte do seu pai, em 2015, num outro ataque conduzido pelo mesmo grupo, disse o capitão Mohamed Hussei.