Coletes amarelos: Concentrações com pouca expressão no início do protesto

O protesto dos "coletes amarelos" está a motivar no início da manhã de hoje algumas concentrações, sobretudo no norte e centro do país, com a distribuição de panfletos e alguns condicionamentos de trânsito.

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Lusa
21/12/2018 08:19 ‧ 21/12/2018 por Lusa

País

Protestos

O protesto mais significativo está a ocorrer em Braga, onde todas as entradas norte à cidade, na rotunda das Ínfias, estão bloqueadas por mais de meia centena de "coletes amarelos" desde as 06h00, tendo-se registado já algumas altercações com automobilistas que tentavam passar, mas sem gravidade.

Segundo constatou a agência Lusa no local, mais de meia centena de coletes amarelos deram pontapés e atiraram garrafas a viaturas que tentaram furar o bloqueio.

No Porto, até cerca das 07h30, mais de 100 manifestantes chegaram à rotunda do Nó de Francos, no acesso à cidade, onde estão a ser distribuídos panfletos aos condutores, alguns dos quais reclamam por terem de abrandar.

"Chega de gozar com o povo", é uma das frases do panfleto, que contém as revindicações dos promotores do protesto.

Os "coletes amarelos" não estão a impedir a circulação, mas alguns estiveram já a atravessar constantemente as passadeiras, fazendo aumentar os abrandamentos.

No centro de Lisboa, no Marquês de Pombal, cerca de 50 manifestantes estavam concentrados e a pintar tarjas perto das 07h30, sob um forte aparato policial.

No entanto, conforme constatou a Lusa, o trânsito está a fluir na zona, bem como nos principais acessos à cidade, para onde estavam previstos protestos: autoestradas 8 (Oeste) e 1 (Norte), Itinerário Complementar (IC) 9 e nas pontes 25 de Abril e Vasco da Gama.

Ainda assim, às 07h25, o porta-voz da Direção Nacional da PSP, Alexandre Coimbra, disse à agência Lusa que cerca de uma dezena de camiões circulava em marcha lenta no Itinerário Complementar 17 (IC17/CRIL), no sentido Loures -- Algés, junto ao centro comercial Strada.

Também perto dessa hora, cerca de 20 pessoas estavam concentradas na rotunda da Casa do Sal, em Coimbra, sem provocar cortes de trânsito, um cenário semelhante ao registado em Esgueira, Aveiro, onde são ouvidas algumas buzinas.

No centro de Faro, estão cerca de 30 a 40 pessoas, sem registo de problemas na circulação automóvel, enquanto na Guarda, na rotunda do G, os manifestantes eram 14 àquela hora, também sem condicionamentos de trânsito.

Em Leiria, no Túnel do Marão e Portimão não há também indicação de problemas no trânsito, segundo os contactos da Lusa com as autoridades.

Os protestos dos "coletes amarelos" em Portugal foram convocados por vários grupos através das redes sociais, com inspiração nos movimentos contestatários das últimas semanas em França.

Um dos grupos, Movimento Coletes Amarelos Portugal, num manifesto divulgado na quarta-feira, propõe uma redução de impostos na eletricidade, com incidência nas taxas de audiovisual e emissão de dióxido de carbono, uma diminuição do IVA e do IRC para as micro e pequenas empresas, bem como o fim do imposto sobre produtos petrolíferos e redução para metade do IVA sobre combustíveis.

Não tolerando qualquer ato de violência ou vandalismo, este movimento, que se intitula como "pacífico e apartidário", defende também o combate contra a corrupção.

A lista das manifestações dos "coletes amarelos" na área de atuação da PSP somava 25 protestos em 17 locais das principais cidades do país.

 

 

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