"Casas e casinhas"? Hugo Soares e Aguiar-Branco também detêm imobiliárias

Note-se que, para além do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e do ex-secretário de Estado Hernâni Dias, surgiram ainda os casos do ministro da Coesão Territorial e das ministras da Justiça e do Trabalho.

Notícia

© Global Imagens

Notícias ao Minuto
25/02/2025 10:09 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto

País

Governo

O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, e o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, também são detentores de imobiliárias, avançou, na segunda-feira, o Jornal de Notícias (JN).

 

A revelação foi feita pelo líder do Chega, André Ventura, em declarações aos jornalistas e, posteriormente, confirmada pelo JN.

Segundo a notícia, Hugo Soares é detentor, juntamente com a sua esposa, da Capítulo Universal, empresa criada em 2020 e sediada em Braga. O capital social é de cinco mil euros e "tem como objeto social a "gestão e comércio de bens imóveis próprios ou de terceiros, incluindo a compra para revenda".

Já José Pedro Aguiar-Branco conta com participações na Portocovi, sediada em Lisboa. Tem capital próprio de 29 mil euros e dedica-se à "compra e venda de bens móveis e imóveis". O Jornal de Notícias revela ainda que fonte oficial da Assembleia da República confirmou a participação de Aguiar-Branco "na sociedade há mais de duas décadas".

Note-se que, na sexta-feira, no debate da moção de censura apresentada pelo Chega, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, apresentou um documento com os nomes dos deputados do Chega que são detentores de empresas imobiliárias. Agora, André Ventura quer que Hugo Soares venha dar explicações.

Ventura exige que Hugo Soares esclareça se tem ou não imobiliária

Ventura exige que Hugo Soares esclareça se tem ou não imobiliária

O presidente do Chega exigiu hoje que o líder parlamentar do PSD esclareça se tem ou não uma imobiliária e disse ter ordenado aos deputados do seu partido para cessarem as suas participações naquele tipo de empresas.

Lusa | 17:29 - 24/02/2025

Quem mais do Governo tem (ou teve) participações em imobiliárias?

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, revelou, numa entrevista à RTP, que teve durante mais de 25 anos uma empresa imobiliária. No entanto, decidiu "vender" a sua "quota porque se começou a gerar no espaço público a ideia de que ter uma imobiliária era uma vantagem com a Lei dos Solos".

A estação pública também avançou, na semana passada, que a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, assim como a ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, têm participações em empresas com relações com o setor imobiliário.

Rita Júdice terá participação em quatro sociedades, sendo que em duas delas "tem 50 por cento das quotas da empresa", enquanto Maria do Rosário Palma Ramalho "tem a maioria do capital" de uma organização à qual dá o nome e que tem ligações à consultoria e de "gestão de património imobiliário". 

Três casos que se juntam ao do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e ao do ex-secretário de Estado Hernâni Dias.

Imobiliário? Ministras da Justiça e do Trabalho também têm participações

Imobiliário? Ministras da Justiça e do Trabalho também têm participações

Recorde-se que o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, confirmou que teve, durante mais de 25 anos, uma empresa imobiliária, que vendeu recentemente para evitar qualquer associação com a alteração à lei dos solos.

Notícias ao Minuto com Lusa | 14:35 - 21/02/2025

Moção de censura chumbada e (possível) comissão de inquérito?

Na sexta-feira, foi discutida no Parlamento a moção de censura apresentada pelo Chega ao Governo. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, remeteu explicações para esse debate. Explicações essas que para a oposição não foram suficientes.

No domingo, em comunicado, o líder do Chega, André Ventura, afirmou que, na segunda-feira, seria pedida "por escrito uma resposta por parte do primeiro-ministro" a oito perguntas sobre a empresa Spinumviva, por forma a pedir (mais) esclarecimentos e, se não houver resposta, ameaçou requerer a uma comissão parlamentar de inquérito. 

No entanto, Ventura já admitiu que uma comissão de inquérito "não é a via mais ideal para um caso destes e nós sabemos que não", mas que é melhor do que não haver esclarecimentos. 

Chega admite que inquérito à empresa de Montenegro

Chega admite que inquérito à empresa de Montenegro "não é via mais ideal"

O presidente do Chega admitiu hoje que uma comissão parlamentar de inquérito "não é a via mais ideal" para esclarecer dúvidas sobre a empresa do primeiro-ministro, mas reafirmou que usará aquele instrumento se não houver mais esclarecimentos.

Lusa | 17:55 - 24/02/2025

Por sua vez, o secretário-geral do Partido Socialista (PS) recusou que uma comissão de inquérito seja o "instrumento adequado" para os esclarecimentos adicionais que o primeiro-ministro deve fazer sobre "a empresa familiar de âmbito imobiliário" de que foi sócio. 

E brincou: "Dizia-se do Governo anterior [PS] que era um Governo de casos e casinhos. Este é um Governo de casas e casinhas".

Pedro Nuno recusa comissão de inquérito para esclarecimentos de Montenegro

Pedro Nuno recusa comissão de inquérito para esclarecimentos de Montenegro

O secretário-geral do PS recusou hoje que uma comissão de inquérito seja o "instrumento adequado" para os esclarecimentos adicionais que o primeiro-ministro deve fazer sobre a "empresa familiar de âmbito imobiliário" de que foi sócio.

Lusa | 13:39 - 24/02/2025

Leia Também: Imobiliária? Comissão "não é caminho", mas "deve ser tudo esclarecido"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas