O anel interior da rotunda, no centro da capital, esteve já interrompido por duas vezes devido à presença de algumas dezenas de manifestantes.
Depois de alguns momentos de tensão entre os participantes no protesto e a polícia, os "coletes amarelos" mantinham-se, pelas 11h50, no separador dos anéis interior e exterior da rotunda, rodeados por um anel de segurança, num ambiente calmo, marcado apenas por alguns gritos.
Os manifestantes têm chamado para junto de si outras pessoas que estão no passeio exterior da rotunda.
Entretanto, a polícia cortou ao trânsito parte da Rua Braamcamp (que tem saída e entrada no Marquês de Pombal), no troço até ao cruzamento com a Rua Castilho.
Os manifestantes tinham anunciado a intenção de realizar uma marcha até à Presidência da República, mas o percurso não se iniciou.
A PSP deteve, esta manhã, nesta zona, três pessoas que faziam parte do protesto dos "coletes amarelos".
O número de polícias é bastante superior ao dos manifestantes, estando os agentes localizados em todos os pontos da rotunda do Marquês de Pombal, constatou a Lusa no local.
Os protestos dos coletes amarelos em Portugal foram convocados por vários grupos através das redes sociais, com inspiração nos movimentos contestatários das últimas semanas em França.
Um dos grupos, Movimento Coletes Amarelos Portugal, num manifesto divulgado na quarta-feira, propõe uma redução de impostos na eletricidade, com incidência nas taxas de audiovisual e emissão de dióxido de carbono, uma diminuição do IVA e do IRC para as micro e pequenas empresas, bem como o fim do imposto sobre produtos petrolíferos e redução para metade do IVA sobre combustíveis.
Não tolerando qualquer ato de violência ou vandalismo, este movimento, que se intitula como "pacífico e apartidário", defende também o combate contra a corrupção.
A lista das manifestações dos "coletes amarelos" na área de atuação da PSP somava 25 protestos em 17 locais das principais cidades do país.