Professores marcam manifestação nacional para dia 23 de março

Sindicatos dos docentes estiveram reunidos esta terça-feira para decidir novas formas de luta.

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Natacha Nunes Costa
26/02/2019 13:26 ‧ 26/02/2019 por Natacha Nunes Costa

País

Educação

Os sindicatos dos professores marcaram uma manifestação nacional para o dia 23 de março, como forma de luta pela recuperação integral do tempo de serviço congelado, avança a SIC Notícias.

A decisão foi tomada, esta terça-feira, durante uma reunião, entre as várias organizações sindicais dos docentes, que se juntaram para decidir novas formas de luta a adotar, depois dos resultados do encontro de negociação com o Governo.

Os sindicatos dos professores estiveram reunidos, na segunda-feira, com representantes dos ministérios d Educação e das Finanças para chegarem a um acordo. Contudo, a negociação esbarrou num muro de intransigência. As propostas mantiveram-se inalteradas dos dois lados, com os professores a exigem a recuperação dos nove anos e o Executivo a garantir que só pode devolver três.

No final do encontro ficou agendada para a próxima semana a realização de uma segunda reunião negocial. No entanto, os sindicatos afirmaram, esta terça-feira, que só iriam estar presentes se a convocatória tivesse como objetivo discutir a proposta das estruturas sindicais.

Apesar do apelo, os sindicalistas dizem sentir que "parece não valer a pena negociar" com o Governo e acreditam que a solução poderá estar na Assembleia da República, tendo já decidido pedir uma reunião a todos os grupos parlamentares no próximo dia 7 de março.

As organizações sindicais vão entregar na Assembleia da República uma petição com 60.726 assinaturas exigindo o faseamento da recuperação integral do tempo de serviço congelado e uma solução semelhante encontrada para os professores da Madeira.

"Face ao bloqueio negocial imposto pelo Governo", os sindicatos vão pedir aos partidos políticos que avancem "através de uma lei da República para que acabe com este problema o mais rapidamente possível para não prejudicar o terceiro período", afirmou Mário Nogueira.

O secretário-geral da Fenprof lembrou que "a Assembleia da República tem uma maioria que mandou regressar às negociações (...) e essa maioria já confirmou (esta segunda-feira) que é a favorável à recuperação de todo o tempo de serviço".

Para precaver que cada bancada parlamentar venha a apresentar uma proposta que depois poderia ser chumbada pelos outros partidos, os sindicatos vão apresentar uma sugestão que permita aos partidos encontrar uma solução convergente, que passa pela extensão da solução encontrada para os docentes da Madeira.

Entretanto, entre os dias 11 e 20 de março, irão decorrer plenários e reuniões em todas as escolas do país para consultar os professores sobre eventuais formas de luta que estão dispostos a levar a cabo, acrescentou Mário Nogueira.

Greves a começar já este período, greve com incidência nos anos de exames ou em todos os anos de fim de ciclo são algumas das hipóteses colocadas sobre a mesa pela plataforma que garante que fará apenas o que os professores decidirem.

Mário Nogueira garantiu que a "consulta será feita com um enorme rigor para que não sejam anunciadas medidas que depois os professores não tencionam fazer".

As medidas serão conhecidas no dia da manifestação nacional.

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