Embaixada avisa sobre abertura de barragens para evitar colapsos

Embaixada de Portugal em Moçambique confirma que se poderão verificar descargas de barragens nas regiões mais afetadas, explicando que as autoridades no local estão a trabalhar para manter as populações em segurança.

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Anabela Sousa Dantas
20/03/2019 16:47 ‧ 20/03/2019 por Anabela Sousa Dantas

País

Moçambique

"Face à manutenção do risco de fortes precipitações nos próximos dias e ao volume crescente do nível das águas em diferentes barragens das regiões afetadas em Moçambique e países vizinhos pela passagem do ciclone Idai, não é de excluir que se venham a verificar descargas das mesmas, como forma de evitar o seu colapso com consequências muito mais gravosas”, explica a Embaixada de Portugal em Moçambique através de comunicado.

As populações das regiões mais afetadas devem por isso estar atentas às indicações que venham a ser dadas pelas autoridades para, dentro do possível, salvaguardar os seus bens e vidas pessoais”, acrescenta o documento, confirmando os relatos que têm sido divulgados através das redes sociais, e que dão conta que as pessoas estão a ser avisadas sobre a abertura de algumas barragens.

Recorde-se que a região central de Moçambique está a ser afetada, desde quinta-feira da semana passada, pelo ciclone Idai, com registo de chuvas torrenciais e ventos de até 170 quilómetros por hora. A passagem do ciclone em Moçambique, Maláui e Zimbabué já provocou mais de 300 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos.

A embaixada afirma, ainda, que as províncias de Sofala, Manica e da Zambézia foram atingidas “de forma muito intensa”, explicando que algumas zonas apresentam “grandes dificuldades de comunicação” e de movimentação, devido “nomeadamente à queda de postes e árvores”.

No caso da cidade da Beira, em Sofala, a intempérie deixou o consulado geral muito danificado mas, avisa a embaixada portuguesa, “o Sr. Cônsul Geral de Portugal na Beira e a equipa do Consulado Geral encontram-se naquelas instalações consulares onde poderão atender, em caso de necessidade, os cidadãos portugueses”.

O documento deixa também algumas recomendações para os viajantes que se encontrem nos locais mencionados, ou que pretendem lá chegar:

  • Evitem a travessia de leitos de rio;
  • Tomem as necessárias precauções de prevenção de doenças;
  • Evitem circular e permanecer em zonas ribeirinhas ou no perímetro das bacias hidrográficas;
  • Acompanhem o evoluir da situação através dos órgãos oficiais e comunicação social;
  • Circulem somente nas estradas que não representem qualquer perigo à circulação;
  • Estacionem em locais protegidos e resguardados de objetos que possam constituir perigo físico (árvores, postes elétricos, torres e outros);
  • Devem obedecer às instruções das autoridades competentes.

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