O primeiro-ministro enalteceu esta segunda-feira os investimentos previstos na ferrovia no país considerando as obras de modernização da Linha do Douro, que inaugura esta segunda-feira, “uma das peças importantes do grande programa ferrovia 20/20".
“Obviamente esta obra não é uma obra isolada”, afirmou António Costa. Discursando em Lousada, o chefe do Executivo sublinhou que se trata de um programa de dois mil milhões de euros de investimento “num eixo muito importante, que tem a ver com internacionalização da nossa economia e com o reforçar e melhorar as ligações internacionais do país”.
Neste plano, o primeiro-ministro destacou os investimentos no "corredor sul ligando o porto de Sines a Espanha, no corredor norte ligando Aveiro a Vilar Formoso, no corredor da linha do Minho que hoje inauguraremos a eletrificação entre Nine e Viana do Castelo, que permitirá melhorar as ligações do Porto, designadamente do Porto de Leixões até à Galiza”.
No plano nacional, António Costa realçou o investimento nos comboios regionais e sub-urbanos. "Há cerca de seis meses tive oportunidade de estar em Marco de Canaveses a abrir o concurso para 22 novas composições de comboios regionais para a CP. E esse investimento, a par do investimento na linha, a par do investimento na recuperação e reabilitação das composições, juntamente com o investimento nos sistemas de sinalização, nos sistemas de segurança, vão fazer efetivamente da ferrovia uma dos grandes projetos estratégicos para o século XXI”, defendeu.
“E é bom que assim seja porque há ótimas razões para investir na ferrovia”, justificou, destacando três: a melhoria da qualidade de vida das populações; a dimensão económica (com a redução da dependência externa em matéria energética e a melhoria da competitividade das empresas na sua exportação) e o combate às alterações climáticas. Esta última, lamentou Costa, foi “infelizmente pouco compreendida durante muitos anos”.
O investimento na ferrovia, realçou ainda António Costa, vai ajudar a atingir a atingir meta da neutralidade carbónica fixada para 2050.
"Para atingir a meta da neutralidade carbónica em 2050, temos que mudar o nosso paradigma energético, cada vez mais assente em renováveis e menos em combustíveis fósseis, e temos de mudar o nosso paradigma de mobilidade nas cidades e não só", afirmou o chefe do Governo.