Polícias e militares da GNR estão "com mais de 24h de serviço seguidas"

Em causa, o facto de ter sido decretada a requisição civil, estando, desde então, os elementos das forças de segurança a assegurar o abastecimento dos postos de combustível.

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Patrícia Martins Carvalho
13/08/2019 12:05 ‧ 13/08/2019 por Patrícia Martins Carvalho

País

Greve motoristas

Com a aplicação da requisição civil, decretada pelo Governo na segunda-feira ao final da tarde, os elementos das forças de segurança foram chamados a intervir, de forma a que os postos de combustível fossem abastecidos pois, tal como garantiu o Executivo, os motoristas em greve não estavam a cumprir os serviços mínimos decretados.

Face a esta situação, o Movimento Zero – de defesa dos elementos das forças de segurança em Portugal – emitiu, esta terça-feira, um comunicado no qual garante que há profissionais “empenhados desde as 00h de ontem, encontrando-se com mais de 24 horas de serviço seguidas sem qualquer pausa para descanso ou alimentação”.

Na mesma nota, o Movimento Zero denuncia que há elementos que “viram as suas folgas ser cortadas e os períodos de descanso retirados, encontrando-se a desempenhar funções como a condução de motociclos por mais de oito horas seguidas”.

A mobilização de elementos da PSP e da GNR, revela o mesmo Movimento, faz com que estejam a ser “desviados meios de policiamento ao cidadão para os colocar em permanência junto aos postos de combustível”.

Esta situação torna-se ainda mais “gravosa” porque há “elementos a trabalhar em carros de patrulha sem qualquer apoio operacional” e “esquadras e postos a trabalhar sem segurança às instalações”. Em ambos os casos, os elementos que deveriam estar a garantir a segurança “foram colocados a vigiar postos de combustível de forma completamente isolada e sem qualquer apoio próximo”.

Perante esta situação, o Movimento Zero “informa que, a continuar a verificar-se este cenário, prevemos que brevemente existirá uma quebra no número de elementos disponíveis, uma vez que não será humanamente possível continuar com este sacrifício pessoal em prol de um litígio privado”.

“Não podemos ser ‘pau para toda a obra’ e as forças de segurança não podem ser escravos em tempo de democracia”, remata o comunicado.

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