Surto de sarampo já matou 40 pessoas. Em Portugal não há casos

Graça Freitas diz que "Portugal está de facto em contraciclo em relação à situação de Sarampo na Europa". Mas deixa recomendações para quem vai de viagem para países atingidos por este surto.

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© Gerardo Santos / Global Imagens

Natacha Nunes Costa
29/08/2019 13:36 ‧ 29/08/2019 por Natacha Nunes Costa

País

Sarampo

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, falou esta quinta-feira com a comunicação social onde deixou uma mensagem apaziguadora para Portugal sobre o surto de sarampo que atingiu, em 2019, a Europa.

Ao todo, na Europa, foram registados mais de 90 mil casos de sarampo no primeiro trimestre de 2019. O surto chegou a mais de 53 países europeus e já matou, segundo Graça Freitas, mais de 40 pessoas.

Já Portugal, segundo a DGS, parece ter escapado a este surto, e "está em contraciclo", pelo menos por agora.

Graça Freitas revela que, depois de dois anos de surtos, "em 2018, atingimos as taxas de vacinação mais elevadas de sempre. 99% dos meninos com um ano de idade, residentes em Portugal, foram vacinados contra o sarampo".

Essa prevenção, faz com que Portugal esteja em risco mínimo, mas sublinha a DGS, "não em risco zero"

"Não temos risco zero, não há risco zero. Mas é um risco mínimo. Se importarmos os casos, podemos ter alguns casos secundários em Portugal, mas quanto mais a população estiver vacinada, maior é o grau de proteção", explica.

Em época de férias, Graça Freitas também deixa vários conselhos para quem vai viajar até algum dos países atingidos pelo surto.

A vacinação "tem de ser feita 15 dias antes da viagem" e quando se viaja para todo o mundo, não apenas para países onde é obrigatório fazê-la. "Consultem o boletim de vacinas eletrónico com antecedência. Caso não tenham as vacinas em ordem, os centros de saúde terão todo o gosto em fazê-lo", conclui. 

Recorde-se que a Organização Mundial de Saúde registou 89.994 casos de sarampo em 48 países europeus no primeiro semestre de 2019, mais do dobro do mesmo período do ano passado (44.175) e mais do que em todo o ano de 2018 (84.462). Esta doença reapareceu em quatro países na Europa em que já tinha sido extinto. 

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