"O Governo tem a faca e o queijo na mão. Não podemos sair sem luta"

Mário Nogueira deu uma conferência de imprensa esta segunda-feira sobre as próximas “lutas” dos professores.

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Natacha Nunes Costa
09/09/2019 18:46 ‧ 09/09/2019 por Natacha Nunes Costa

País

Mário Nogueira

O líder da Fenprof disse, esta segunda-feira, durante uma conferência de imprensa em Lisboa, que “não faltam razões para os professores lutarem” e que por isso mantém-se a manifestação agendada para dia 5 de outubro, precisamente um dia antes das eleições legislativas, assim como outras formas de luta que prometem colocar em prática, em breve.

Mário Nogueira garantiu ainda que estas “lutas” fazem parte de “um processo que se cruza com negociação” e não acontecem por acaso.

“Nós marcamos lutas porque elas ajudam nos processos de relacionamento institucional e nos processos negociais a resolver problemas. O Governo tem a faca e o queijo na mão, portanto, quando estamos um processo negocial, se não nos entendermos, não podemos sair da reunião sem luta”, sublinhou.

A ameaça de uma nova paralisação, em idênticos moldes à ocorrida durante o ano letivo transato, foi veiculada pelo secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) que, nesta conferência de imprensa, falou em nome de dez organizações sindicais de docentes.

Assim sendo, prosseguiu Mário Nogueira, caso venham a confirmar-se "ilegalidades e abusos" nos horários de trabalho dos professores e o Ministério da Educação "deixa ficar e não resolve" o problema, as organizações sindicais, incluindo a Fenprof e a Federação Nacional de Educação (FNE), as maiores estruturas, entregarão a 7 de outubro um pré-aviso de greve ao trabalho em excesso, com início a 21 de outubro, coincidindo com o período de reuniões intercalares.

Para o dirigente da Fenprof, trata-se da "defesa do horário de trabalho" dos professores, que, por lei, são 35 horas semanais e não cerca de 50 horas semanais, o que sucede "muitas vezes" devido a reuniões e "trabalho burocrático" fora do horário, tirando "a capacidade dos professores de se concentrarem nos seus alunos".

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