Segundo a acusação do Ministério Público (MP), consultada hoje pela Lusa, os factos ocorreram em fevereiro e março de 2016.
Os dois principais arguidos são dois jovens de 22 e 23 anos que colocaram vários anúncios na rede social Facebook, usando perfis falsos, onde anunciavam a venda de diversos artigos como sapatilhas, telemóveis e computadores.
Os potenciais interessados entravam depois em contacto com aqueles e recebiam indicações para procederem à transferência bancária do valor combinado, mas nunca chegavam a receber a mercadoria.
Os investigadores dizem que o dinheiro era transferido para a conta de uma mulher de 44 anos, mãe de um dos arguidos, que também está acusada de burla no mesmo processo.
Assim que os pagamentos eram efetuados, os arguidos procediam quase de imediato ao levantamento das quantias transferidas que dividiam pelos três.
Após o pagamento ter sido feito, os arguidos deixavam de responder às mensagens dos compradores que terão sido burlados em quase dois mil euros, refere a acusação.
Todos os arguidos estão acusados de oito crimes de burla qualificada.
Um dos arguidos está em prisão preventiva à ordem de outro processo no qual está acusado de 55 crimes de burla qualificada. Este arguido já respondeu em 16 processos por crimes de burla, mas só foi condenado em 10, porque nos restantes houve desistência de queixa por parte dos ofendidos.