O suspeito de ter matado a companheira, na manhã de quarta-feira, em Arruda dos Vinhos, e de a ter colocado dentro de uma mala de viagem, foi detido pela Polícia Judiciária, em colaboração com a GNR local.
Refere a força de segurança em comunicado enviado às redações que o homicida, de 38 anos, terá agido de acordo com motivações "de natureza passional".
Para levar a cabo o crime, o homem atingiu a vítima, de 30 anos, "com um golpe letal de arma branca". O homicídio ocorreu no quarto onde o casal vivia e que tinha sido arrendado numa habitação onde residiam outras pessoas mas que, no momento do crime, não estavam em casa.
Detalha a PJ que o agora detido colocou o corpo da mulher numa mala de viagem que tinha comprado previamente. Depois, deixou-a num local relativamente próximo e preparou a sua saída da casa, "presumivelmente para se ausentar para o estrangeiro".
O suspeito foi encontrado durante a noite, num espaço nas proximidades, de "vegetação densa", onde se tinha escondido. O homem de 38 anos será agora presente à autoridade judiciária competente para aplicação das medidas de coação.
André Santos Rijo, presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, recorreu à rede social Facebook para classificar o crime de "hediondo". Indica ainda o autarca que recebeu a notícia da detenção do suspeito "já passavam das 2h da madrugada de hoje".
A confirmar-se, vincou, "trata-se de mais um caso de violência doméstica que terminou da pior maneira possível tal como tantos outros, que infelizmente, se têm multiplicado e verificado um pouco por todo o país e que fazem este ano particularmente um ano negro no que concerne à violência doméstica".
O presidente da Câmara explica adicionalmente que o casal em questão é de nacionalidade brasileira e que vivia em Arruda dos Vinhos "há cerca de 15 dias, na Urbanização de S. Lázaro". A vítima era "trabalhadora da restauração, ele trabalhador da construção civil e os vizinhos ainda não tinham notado sinal de violência ou agressividade entre ambos", escreveu.
O autarca aproveita a oportunidade para sublinhar que "este tipo de problemas exige também uma resposta nacional e teremos que nos juntar ao atual e futuro Governo que venha a resultar das eleições do próximo dia 6 de outubro para fazer mais e melhor também neste domínio".