MAI defende mais conexão "entre Segurança Interna e Defesa Nacional"

O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, defendeu hoje um "aprofundamento das conexões entre a dimensão de segurança interna e a dimensão de defesa nacional", na receção a 100 novos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

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Lusa
14/10/2019 16:19 ‧ 14/10/2019 por Lusa

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Eduardo Cabrita

Eduardo Cabrita defendeu o estreitamento das ligações entre as duas áreas, defesa e segurança interna, na receção a 100 novos estagiários do SEF, que vão fazer a primeira fase da sua formação nas instalações da Escola de Fuzileiros de Vale de Zebro, no Barreiro, distrito de Setúbal, após a assinatura de um protocolo de cooperação para a utilização daquela infraestrutura da Marinha Portuguesa.

"Esta parceria com a Marinha insere-se no quadro de uma visão pela qual me bati intensamente durante estes dois anos, de reforçar uma cooperação muito estreita entre as áreas da Defesa Nacional e Segurança Interna. A visão clássica, que separava estes dois mundos como se de galáxias diferentes se tratassem, está hoje totalmente obsoleta face ao que são hoje os desafios nacionais e globais", disse o ministro da Administração Interna.

"As Forças Armadas são parceiro fundamental em ações de Proteção Civil, no combate aos incêndios, papel reforçado este ano com o novo papel da Força Aérea na gestão dos meios aéreos, mas também o Exército, com a presença, no plano interno, em operações de vigilância e rescaldo. A Marinha Portuguesa está, como a GNR, sob a bandeira da Frontex no mar Egeu, entre as ilhas gregas e a Turquia, salvando vidas todas os dias. E a alegria que os portugueses têm é a mesma, quando aí Portugal cumpre o melhor do seu dever humanitário, seja a Polícia Marítima seja a GNR que em cada dia cumpriu a sua missão", acrescentou.

Para o Ministro da Administração Interna, a realização do estágio em instalações da Marinha Portuguesa, tirando partido da experiência deste ramo das Forças Armadas Portuguesas, "é um passo mais na visão coerente de aprofundamento das conexões óbvias entre a dimensão de segurança interna e a dimensão de defesa nacional".

A formação dos novos Inspetores da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF contempla duas fases teóricas e duas fases práticas, em exercício tutelado de funções quer no Aeroporto de Lisboa, quer nas diferentes unidades orgânicas do SEF.

Na cerimónia realizada na Escola de Fuzileiros, Eduardo Cabrita lembrou ainda que em 2004, quando entraram os últimos inspetores por recrutamento externo, "o aeroporto de Lisboa teria pouco mais de cinco milhões de passageiros/ano e este ano vai ultrapassar os 30 milhões de passageiros".

"Decisões políticas erradas e sempre adiadas fazem com que o aeroporto seja o mesmo. Mas o SEF preparou-se para ser totalmente diferente", disse Eduardo Cabrita salientando que, com este novo curso, o SEF irá ultrapassar pela primeira vez o número de 1.000 inspetores, comparando com pouco mais de 700 inspetores que tinha há quatro anos".

"A responsabilidade que têm é de acompanhar o esforço tão difícil, tão ingrato e por vezes pouco reconhecido, dos vossos colegas que, diariamente, no aeroporto, garantem que os turistas entram num país que é o terceiro país mais seguro do mundo - em que quem pretende fazer tráfico de crianças é intercetado adequadamente e intempestivamente -, entram num país em que se apoia a forma de bem receber", acrescentou o ministro, relembrando aos futuros inspetores que o SEF tem um papel decisivo na liberdade de circulação e na salvaguarda das fronteiras externas da União Europeia.

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