A PróToiro defendeu que a medida referente a touradas, que consta no programa do novo Governo aprovado em Conselho de Ministros no sábado passado, interfere "na liberdade de menores e pais", reagiu o organismo esta segunda-feira, num comunicado enviado às redações. A medida prevista no programa do segundo Executivo liderado por António Costa quer aumentar a idade mínima para aceso a espetáculos tauromáquicos, que atualmente está nos 12 anos.
"O Governo quer proibir pais de educarem os filhos livremente", começa por apontar a federação na referida nota, acusando o Executivo socialista de continuar "a sua senda persecutória contra a Cultura Taurina e diversidade cultural no nosso país".
A PróToiro sublinha que esta proposta é "discriminatória", que "não constou no programa eleitoral do PS" e que "é completamente absurda".
"A proposta discriminatória que António Costa apresenta é um atentado contra os menores e contra a liberdade parental, querendo proibir os pais de escolherem onde levam ou não os filhos”, afirma o secretário-geral da PróToiro, acrescentando ainda que “o Governo não é dono dos direitos e liberdades de crianças e pais para proibir as suas escolhas" e que, assim, "está a vender os direitos dos menores e dos pais, numa negociata política para obter apoios parlamentares antitaurinos".
A associação denota também que as crianças devem ter "direito à Cultura, como todos os cidadãos" e que "o Estado está constitucionalmente obrigado a promover esse acesso". Neste sentido, a PróToiro garante ainda que "usará todos os instrumentos democráticos para impedir esta tentativa de violação dos direitos das crianças portuguesas".