Homicídio qualificado, violência doméstica agravada e violação de domicílio agravado são os crimes de que está acusado um arguido para o qual o Ministério Público pediu julgamento em tribunal coletivo.
O suspeito está indiciado de ter agredido, física e psicologicamente, uma mulher com quem manteve uma relação, mesmo à frente dos filhos desta.
Refere a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa que, mesmo depois de terminada a relação, o arguido continuou a ter ciúmes em relação à vítima, controlando os seus passos e até mesmo entrando na sua casa contra a sua vontade.
O visado, refere ainda a nota publicada pela PGD Lisboa, não aceitava o fim do relacionamento nem que a mulher se envolvesse com outros homens, ameaçando-a que a mataria.
No final de 2018, a mulher iniciou um relacionamento com outro homem e, assim que o arguido teve conhecimento desse facto, no dia 11 de janeiro de 2019, foi até à casa da ex-namorada, arrombou a porta de entrada e atacou a vítima com murros e pontapés nas pernas, tronco e face. Atirou-a ainda contra paredes, móveis e eletrodomésticos e desferiu-lhe pancadas na cabeça. Por fim, deixou-a inanimada na sala, a sangrar. As lesões de que a mulher foi alvo provocaram-lhe a morte.
O arguido aguarda julgamento em prisão preventiva. A investigação levada a cabo foi tutelada pelo DIAP de Almada e o Ministério Público foi coadjuvado pela Polícia Judiciária de Setúbal.