Decorrem, esta terça-feira, as alegações finais relativas ao processo em que Rosa Grilo e António Joaquim são acusados da morte do triatleta Luís Grilo. O Ministério Público pediu, para a mulher da vítima e o amante, uma pena de prisão de 20 anos e seis meses, avança a SIC Notícias.
À chegada ao tribunal, na manhã desta terça-feira, a advogada revelou que pretendia pedir a "absolvição" da sua cliente, escusando-se no entanto a adiantar a estratégia processual.
As alegações finais, recorde-se, estiveram agendadas para o dia 12 de novembro, no Tribunal de Loures, mas foram adiadas devido à falta de "apreciação de um requerimento de prova" apresentado pela defesa do amante de Rosa Grilo.
De referir que as alegações finais desta terça-feira são a última sessão do julgamento antes da leitura do acórdão, que será feita por um júri constituído por três juízas e quatro jurados.
O cadáver de Luís Grilo foi encontrado com sinais de violência e em adiantado estado de decomposição em 24 de agosto de 2018, mais de um mês após o desaparecimento, a cerca de 160 quilómetros da sua casa, na zona de Benavila, concelho de Avis, distrito de Portalegre.
O Ministério Público atribui a António Joaquim a autoria do disparo sobre Luís Grilo, na presença de Rosa Grilo, no momento em que o triatleta dormia no quarto de hóspedes na casa do casal, na localidade de Cachoeiras, Vila Franca de Xira (distrito de Lisboa).
O crime terá sido cometido para poderem assumir a relação amorosa e beneficiarem dos bens da vítima - 500 mil euros em indemnizações de vários seguros e outros montantes depositados em contas bancárias tituladas por Luís Grilo, além da habitação.