O primeiro-ministro, António Costa, apresentou, esta segunda-feira, as prioridades de Portugal no combate às alterações climáticas, que vão desde a utilização de energias renováveis aos oceanos. A apresentação destas metas surgiram no âmbito da Cimeira do Clima, que começou esta segunda-feira, em Madrid, Espanha.
"Lisboa vai ser em 2020 a capital verde da Europa e será a primeira cidade a sul da Europa a ter este título de capital verde da União Europeia (...) Temos a responsabilidade de ir ainda mais longe e ainda mais rápido", afirmou António Costa.
Por isso, já há quatro objetivos definidos. O primeiro, apresentou Costa, é que o Governo português quer que em "2030 que 80% da nossa energia elétrica tenha origem em fontes renováveis". Esta meta, sublinhe-se, já tinha sido apresentada pelo ministro do Ambiente no início do ano.
Depois, outra prioridade é uma "maior produção de hidrogénio verde, temos de pôr as condições climatérias que temos ao serviço desta nova energia limpa", afirmou o primeiro-ministro. Neste sentido, a terceira prioridade é que "há que reforçar as interconexões (...) é por isso que temos um acordo com Marrocos", apontou António Costa.
Por fim, Costa indicou que também os oceanos são uma prioridade: "Portugal organizará em conjunto com o Quénia a segunda conferência das Nações Unidas sobre os oceanos", reforçando, publicamente, o convite aos interessados em aderir.
Costa participa na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP25), em Madrid, onde esta manhã aconteceu uma reunião de líderes europeus, estando depois presente numa mesa redonda sobre os planos nacionais para aumentar "a ambição das metas" de combate à poluição.
"As apostas no combate às alterações climáticas geram bem-estar entre os cidadãos", disse o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, em declarações transmitidas pela RTP3, à margem da cimeira.
