"As pessoas que se deslocam ao hospital são taxadas triplamente: são taxadas nos impostos, nas taxas moderadoras e no estacionamento", disse hoje à agência Lusa o coordenador da USS, Luís Leitão.
"Os profissionais de saúde também acabam por ser duplamente taxados, nos impostos e no estacionamento", acrescentou o dirigente sindical, que contesta o pagamento do estacionamento de veículos automóveis dentro do perímetro do Hospital São Bernardo, em vigor desde o passado dia 15 de novembro.
Confrontado com o facto de já haver estacionamento pago noutros hospitais públicos da região, designadamente no Garcia de Orta, em Almada, Luís Leitão disse que se trata de uma situação que também merece o protesto da USS, tal como também acontece em relação ao Hospital do Barreiro, que "já está a realizar um conjunto de obras necessárias para também avançar com o estacionamento pago".
"Não se justifica que os utentes e os profissionais de saúde sejam penalizados desta forma. Há outras formas de disciplinar o estacionamento sem penalizar os utentes e os profissionais de saúde", defendeu Luís Leitão, acrescentando que o estacionamento pago é "mais um negócio para os hospitais".
Segundo o coordenador da USS, além da ação de protesto marcada para as 16h30 de quinta-feira, no Hospital São Bernardo, a USS vai também promover uma recolha de assinaturas para um abaixo-assinado, ou eventualmente, uma petição, contra o pagamento do estacionamento nos hospitais públicos.