"Já fizemos esse alerta para a possibilidade de poder ocorrer uma situação de cheia na baixa da cidade, para as pessoas tomarem os devidos cuidados no sentido de acautelarem os seus bens", disse à Lusa o presidente da Câmara, Jorge Almeida.
Segundo o autarca, que tem a seu cargo o pelouro da proteção civil, o rio já atingiu a cota de cheia, tendo galgado as margens e inundado os campos agrícolas, e só ainda não inundou a baixa da cidade devido às obras que o município tem vindo a fazer para reduzir os riscos de cheias.
"Até agora, diria que as coisas estão a acontecer dentro de alguma normalidade e até estamos a perceber que algumas das melhorias que temos vindo a fazer estão a funcionar, porque com os caudais que temos lá para cima, em situações normais, se não fossem as obras que foram realizadas, já tínhamos uma situação de cheia na cidade neste momento", referiu Jorge Almeida.
O presidente da Câmara diz que vão estar atentos à evolução da situação nas próximas horas, adiantando que está tudo dependente da água das chuvas que escorre das encostas do Caramulo e das descargas da barragem de Ribeiradio, no concelho vizinho de Sever do Vouga.
"Tive agora a informação que a barragem de Ribeiradio aumentou a descarga em cerca de 30%, mas já estão a prever aumentar significativamente a descarga se continuar esta pluviosidade e isso vai ter influências na subida do rio Vouga, de que o Águeda é afluente. Vamos ver como é que as coisas vão correr, mas diria que estamos a prepararmo-nos para termos uma noite agitada", disse.
O mau tempo já obrigou ao corte de algumas estradas locais no concelho, nomeadamente uma na freguesia de Recardães e duas em Macinha do Vouga.
Nas últimas horas, a proteção civil distrital recebeu dezenas de ocorrências relacionadas com quedas de árvores, elementos de construção ou estruturas temporárias e inundações de estruturas ou superfícies.