Segundo Cruz Martins, às 18h30, a situação no rio Douro encontrava-se controlada, apesar da chuva intensa, podendo "eventualmente" existirem esta noite alagamentos pontuais nas duas cidades.
"Não se trata de maneira nenhuma de uma situação de cheia generalizada, nem se põe essa hipótese", afirmou à Lusa Cruz Martins.
O capitão adiantou que, às 18h30, estava a acompanhar com "mais atenção" as margens do Porto e de Vila Nova de Gaia porque com as descargas feitas da barragem de Crestuma/Lever, conjugadas com a maré cheia que vai acontecer às 21h00, poderão existir "eventuais" alagamentos em "duas ou três zonas mais sensíveis" destas cidades.
Pelas contas dos caudais, contou, não se espera "nenhum alagamento em especial", mas de qualquer foram alertados os proprietários de algumas casas e lojas dessas zonas.
Já no Peso da Régua, as águas do rio Douro galgaram as margens e inundaram um bar, situação que já é "habitual", assinalou.
"É uma situação normal para aquela zona", reforçou Cruz Martins.
O comandante lembrou que o Douro, nos seus mais de 200 quilómetros, tem barragens que vão contendo água, mas que vai ter de ser descarregada, descargas essas que estão a ser todas coordenadas para não causar inundações mais a jusante do rio.
Apesar do "pico" da depressão Elsa ser hoje, Cruz Martins garantiu que na sexta-feira vão continuar a acompanhar a situação.
No que diz respeito à orla marítima, não há registo de ocorrências, apesar de mar agitado, ondulação na casa dos cinco metros e vento forte, disse.
O capitão revelou que a barra do Porto do Douro está condicionada, só podendo entrar ou sair embarcações com mais de 35 metros.
Já a barra do Porto de Leixões está a funcionar normalmente, assim como o Porto de Leixões, acrescentou.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no distrito do Porto, prevê-se chuva "forte e persistente, podendo ser acompanhado de trovoada" até às 21h00.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil alertou na quarta-feira a população para o agravamento das condições meteorológicas, com precipitação forte e persistente, vento forte nas terras altas e agitação marítima forte em toda a costa.
A Proteção Civil alertou também para a possibilidade de "inundações rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem", e "inundações por transbordo das linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis".