O Estado-Maior General das Forças Armadas adianta, no comunicado, que uma equipa de 14 fuzileiros da Marinha foi acionada hoje, após a subida do nível da água no rio Mondego.
Na operação, "os militares serão apoiados por dois botes, `drones´ (veículos autónomos aéreos) e quatro viaturas" e terão "a missão de reconhecimento, mapeamento e avaliação das zonas afetadas junto a Coimbra", refere.
"Também em resposta a um pedido da ANEPC, uma equipa de nove militares e duas viaturas do Regimento de Engenharia do Exército foi empenhada entre o dia de ontem [sexta-feira] e as 13h00 de hoje, para reconhecimento e apoio na estabilização de duas dragas ancoradas no rio Tejo, a montante da ponte de Constância", acrescenta.
Com o apoio dos bombeiros e de elementos da autarquia de Constância, os militares "realizaram o reforço da amarração e a remoção dos detritos acumulados", detalha o comunicado.
O balanço do mau tempo provocado pela depressão Elsa, entre quarta e sexta-feira, a que se juntou hoje o impacto da depressão Fabien, passa por dois mortos, um desaparecido, 144 pessoas desalojadas e condicionamentos na circulação rodoviária e ferroviária, bem como danos na rede elétrica.
No balanço realizado às 13:00 de hoje, a Proteção Civil indicou que a situação no rio Mondego é a mais preocupante, estando a decorrer evacuações para prevenir os efeitos de eventuais cedências de diques.
O IPMA já havia alertado para os efeitos da depressão Fabien, em especial no Norte e no Centro, estando previstos intensos períodos de chuva e vento forte de sudoeste, com rajadas que podem atingir 90 km/hora no litoral norte e centro e 140 km/hora nas terras altas.
Prevê-se que estes efeitos vão diminuindo e que se registe uma melhoria gradual do estado do tempo a partir de domingo.
Os distritos do Porto, Viana do Castelo, Aveiro, Coimbra e Braga vão estar entre as 21:00 de hoje e as 12:00 de domingo em aviso vermelho, devido à agitação marítima, a que se soma Vila Real, por causa de fortes rajadas de vento, que podem atingir 140 quilómetros/hora.