DGPC investe para evitar pombos no Palácio de Mafra

A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) está a investir cerca de 31 mil euros na reparação de janelas e na instalação de um sistema anti-pombo no Palácio Nacional de Mafra para evitar infiltrações e a entrada de pombos.

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Lusa
08/01/2020 12:30 ‧ 08/01/2020 por Lusa

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Palácio de Mafra

 

A DGPC avançou nesse sentido em dezembro com um contrato de ajuste direto, sendo que as obras estavam previstas terminar no final de dezembro, de acordo com o procedimento.

Em maio, surgiram alertas de que as janelas e portas da Basílica do Palácio Nacional de Mafra estavam a precisar de uma "intervenção urgente" que protegesse todo o património de infiltrações e dos pombos.

"Há necessidade de fazer uma intervenção urgente dos janelões que circundam os órgãos", afirmou à agência Lusa Dinarte Machado, que tem vindo a alertar o Ministério da Cultura desde que foi concluído o restauro dos seis órgãos históricos, em 2010.

Para o mestre organeiro, havia risco de "vidros partidos nos janelões dos órgãos e se isso acontecer [haverá] água nos órgãos, o que os destruiria de imediato, o que não é admissível, depois de ter sido efetuado o restauro e, mais recentemente, obras de conservação nos instrumentos".

O diretor do Palácio Nacional de Mafra, Mário Pereira, admitiu à Lusa a necessidade de uma nova intervenção, 15 após a última realizada.

Nos últimos meses, enquanto decorrem obras nas torres sineiras do palácio para o restauro dos respetivos sinos e carrilhões, os pombos que aí existiam procuraram outros refúgios, entrando de forma esporádica dentro da basílica.

Ao contrário do que antes acontecia, foram detetados pombos no interior da basílica, disseram à Lusa o mestre organeiro e o organista e diretor artístico do programa de concertos, João Vaz, o que foi confirmado pelo diretor do Palácio.

"Se os pombos entram é porque há vidros partidos ou a cair e isso é sinal de preocupação, porque podem provocar danos nos órgãos", sublinhou Dinarte Machado.

Na altura, um visitante do palácio remeteu uma carta à DGPC e à ministra da Cultura, a que a Lusa teve acesso, a alertar para a existência de dejetos de pombos na galilé e dois pombos no interior da basílica, "voando entre os vários órgãos".

Em julho, o conjunto composto pelo Palácio Nacional de Mafra, Jardim do Cerco e Tapada de Mafra foram classificados como Património Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).

Mandado construir por João V no século XVIII, o Palácio Nacional de Mafra é detentor do maior conjunto sineiro do mundo, composto por dois carrilhões e 119 sinos, e seis órgãos históricos, concebidos para tocarem em conjunto, o que constitui caso único em todo o mundo, e uma biblioteca.

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