China autorizou voo de repatriamento de portugueses. MNE não avança data
Ministério confirmou que processo de autorizações "já está concluído".
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País Coronavírus
O Ministério dos Negócios Estrangeiros referiu, esta sexta-feira em comunicado, que o processo de autorização do voo que vai repatriar os europeus de Wuhan, na China, que ainda estava em curso por parte das autoridades chinesas, "já está concluído de modo que o voo será realizado logo que respeitados os devidos procedimentos técnicos e regulamentares". Não é, contudo, avançada uma data para que tal aconteça.
"É falso que tenha havido qualquer recusa de autorização por parte das autoridades chinesas e que o voo tenha sido cancelado como chegou a ser 'noticiado' esta manhã; nem nenhumas declarações do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros poderiam ser citadas em apoio dessa 'notícia'", pode ler-se na nota.
Nesta avança-se ainda que "nas suas declarações à Antena 1, às 8h15 da manhã, o Ministro limitou-se a dizer que o processo de autorização ainda estava em curso". Agora, "já está concluído".
A SIC Notícias avança que o avião irá deixar a capital francesa esta sexta-feira às 20h50 e tem previsão de chegada às 5h50 da madrugada - hora de Lisboa - de domingo a Marselha.
"Esta é uma operação complexa no quadro da concertação europeia e depois há outra coordenação ainda mais complexa, com as autoridades chinesas. Estando a cidade [de Wuhan] de quarentena, estes cidadãos só podem sair com autorização das autoridades de saúde pública e administrativas da China", dissera já o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, em declarações à Antena 1.
"Essa autorização ainda está em curso e só com essa autorização é que nós podemos dar a operação como bem-sucedida e respirar de alívio", acrescentou.
Recorde-se que a aeronave saiu do aeroporto de Beja, esta quinta-feira, pelas 10h06. Até chegar a território chinês, o aparelho tem duas paragens: Em Paris, França, e em Hanói, no Vietname.
Na terça-feira, foi anunciado que a UE iria enviar dois aviões durante esta semana à região chinesa de Wuhan para repatriar 250 franceses e outros 100 cidadãos europeus que o solicitassem, independentemente da nacionalidade.
A cidade chinesa de Wuhan, epicentro do surto do novo coronavírus, está isolada do mundo desde há uma semana, como a quase totalidade da província de Hubei, onde vivem 56 milhões de pessoas, impedidas de deixar a região. O vírus já matou 213 pessoas.
Os sintomas associados à infeção causada pelo coronavírus com o nome provisório de 2019-nCoV são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, como falta de ar.
[Notícia atualizada às 13h21]
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